Dissimulação, Displicência E Corrupção

08 Feb 2018 15:12
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Logo você receberá os melhores conteúdos em teu e-mail. Hoje, o ex-presidente Lula foi sentenciado em segunda instância pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), pelo famigerado caso do triplex no Guarujá. No discernimento do Tribunal, Lula ocultou a domínio do apartamento e o imóvel foi recebido como propina da empreiteira OAS em troca de favores pela Petrobras. A comunidade brasileira está dividida. Apesar de todos lamentarem o sucedido, alguns acreditam que o ex-presidente é vítima de perseguição, outros enxergam a justiça sendo desenvolvida. Independentemente do que se ache do feitio de Lula, é necessário distinguir que tua gestão foi, no mínimo, omissa e ineficiente. Há, por divisão de vários, a crença de que o governo Lula foi apoteótico, uma transformação brusca em direção ao sucesso, e de que "nunca pela história deste país" a nação foi tão próspero. Nada disso é verdade.Lula dissimulou esta realidade, além de ter feito boa parte da população, incluindo sua base leal de eleitores, acreditar que seu primeiro governo representava rompimento com a política econômica de FHC. Aproveitando a sua sorte, expressa pelos dois primeiros fatores, o petista foi displicente. Não assentou quaisquer bases pro futuro e apenas fez o mínimo pra proporcionar que o PT continuasse no poder. O mínimo, em seu primeiro governo, era moderar seu discurso radical e escalar uma equipe econômica independente, que assegurasse a manutenção dos avanços de FHC e evitasse que indecisões provocassem um terremoto nos mercados. No segundo governo, com os efeitos desestabilizadores do Mensalão ainda se fazendo perceber e por ocasião da queda financeira internacional, Lula apelou ao populismo.Optou pelo caminho menos difícil, apenas pra emplacar tua sucessora, Dilma Rousseff. Nesta segunda fase de Lula, o crescimento de curto tempo, empurrado perante as diretrizes jurássicas do desenvolvimentismo e do dirigismo estatal, reforçou tremendamente a simbiose entre o governo e grandes empresários. O governo passou a dever mais favores e a meter-se cada vez mais nos mercados. O resultado, é claro, foi a explosão de casos de corrupção, os quais só tomamos ciência depois, com a Lava-Jato.Curadoria de temaO investimento inicial = R$ 3.700,00Bicho do MatoBON GRILLÊ: 450 1000 reaisAvalie resultadosAproveite as vendas de Natal pra trazer consumidores no próximo anois?v8E3e8Lj6gzw2VfzA66AIKd1_TbzwRXSi_911KGNPkU&height=240 Por que dizemos tudo isto? Primeiro, convém relembrar que nas eleições municipais de 2000 alguns setores do PT ainda defendiam que os juros da dívida interna e externa não fossem pagos. Os menos radicais propunham que isso fosse debatido e, no limite, o partido divulgou um documento oficial (Um outro Brasil é possível) em que propunha renegociar a dívida externa e determinar os recursos destinados aos juros da dívida pública interna. Com explicação, o mercado esperava a declaração de uma moratória se Lula chegasse ao poder.Nela, Lula se comprometeu com o vigor fiscal calculado no acordo com o FMI, associação que até hoje é um dos grandes espantalhos da esquerda. Precisamos, em primeiro espaço, readquirir controle sobre nossa política fiscal e monetária, hoje comandada pelo FMI, a serviço de criação de superávits primários pra pagar os credores.Todavia as resistências internas à drástica modificação pela direção da política econômica foram superadas com o sucesso de Lula na campanha eleitoral. E, afinal de contas, ele venceu as eleições. Dali em diante, teria uma oportunidade de ouro, que certamente anteviu: apenas reafirmando o que neste momento dissera, poderia diminuir o risco-Brasil e localizar espaço para apequenar a taxa de juros, colhendo os aplausos de seu público.Neste instante, vamos examinar em breve o ano a ano de Lula pela presidência, pra fundamentar melhor o que dissemos até em vista disso. No encerramento, vamos fazer uma avaliação dos resultados positivos e negativos do governo do petista. Outros nomes competentes e que levam na atualidade esta mesma alcunha também foram escolhidos por Lula para compor sua equipe econômica.2 deles estariam na liderança daquilo que lhe foi de maior preço ao lado de teu eleitorado: o Bolsa-Família. O objeto de seus esforços, o Bolsa-Família, foi um programa muito bem executado e o número de famílias beneficiadas saltou dos três.Seis milhões do governo FHC pra 12.8 milhões perante Lula. A meta do superávit primário foi elevada de 3.75% pra 4.Vinte e cinco por cento, mesmo que isto não tenha sido exigido pelo FMI, e cortes orçamentários acompanharam a decisão. Não era uma questão que se esperaria de uma gestão petista, definitivamente.Porém, foi feito. Lula é esperto e sabia que não poderia desestabilizar o país, dado que seu nome agora estava em jogo. Pra completar, a enorme anátema da esquerda, a taxa de juros, continuou subindo bastante até a metade do ano. Era preciso combater a inflação, que começou o ano em treze por cento, refletindo o efeito-Lula (em 2002, as expectativas de inflação para 2003 subiram de quatro.0% para onze por cento e o câmbio se desvalorizou seguindo a escalada do risco-Brasil).Nesse primeiro ano de governo, a sorte já começa a sorrir para Lula. A demanda por exportações brasileiras aumenta, impulsionada pelo câmbio desvalorizado e pelo boom dos preços das commodities, que pautam as vendas do povo pro exterior. Esse efeito seria primordial para o sucesso do petista nos anos seguintes.

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